Evidências científicas já comprovaram que as características qualitativas da dieta são importantes na definição do estado de saúde, porém as conseqüências advindas junto à industrialização e a urbanização levam a população a adotar hábitos inadequados à manutenção da saúde. O sedentarismo, a falta de tempo para se alimentar bem e com calma, leva a um aumento do consumo de alimentos refinados, produtos com aditivos químicos, excesso de sódio e conservantes, refeições rápidas e fora de casa. O que aumenta o fornecimento de energia pela dieta, mas sem quantidade suficientes de vitaminas e minerais, e consequentemente ao aumento do peso e da gordura corporal.
A partir deste contexto começam a surgir dietas que prometem verdadeiros “milagres” e mantém sempre o mesmo tema, emagrecer sem sacrifício e eleger alguns alimentos como vilões, o que representa um grande risco, uma vez que essas dietas são geralmente extremamente restritivas, e não estimula a adoção de hábitos alimentares saudáveis, o que pode comprometer a saúde. Por exemplo, dietas com muito baixo valor calórico, induzem maior redução do metabolismo basal, aumentando a chance de reganho de peso. Já dietas, nas quais se excluem determinados alimentos, podem provocar carências nutricionais importantes. Por outro lado, a ingestão exagerada de um único nutriente, como a gordura pode estar associada à ocorrência de eventos cardiovasculares.
Assim, como uma alternativa para as pessoas preocupadas com uma alimentação equilibrada, pode-se encontrar, atualmente no mercado, muitos substitutos de refeição, (MRP – meal replacement) que são suplementos com a finalidade de fornecer uma refeição completa, com proporções de macronutrientes e calorias exatas para substituir os alimentos de uma refeição balanceada onde estabelecem a substituição de 1 a 2 refeições do dia por um alimento com formulação nutricionalmente balanceada, que facilita o controle das calorias consumidas.
E um alimento com essa finalidade deve ser registrado no Ministério da Saúde e seguir normas instituídas pela Portaria nº 30 de 13/01/98 da Anvisa. Além disso, deve oferecer entre 200 a 400kcal por porção do alimento pronto para consumo (junto com o leite) e as proteínas presentes devem ser de excelente qualidade nutricional, devendo representar no mínimo 25% e no máximo 50% do valor energético total do alimento.
Existem 2 tipos de substitutos de refeição:
* Aqueles com uma proporção maior de proteínas; e
* Aqueles com uma proporção menor de proteínas.
Para pessoas que fazem muitos exercícios físicos ou está fazendo uma dieta que deve conter mais proteínas, devem optar pelos substitutos de refeição que contenham mais proteínas, pois estes produtos aceleram a recuperação pós-treino e restabelecem rapidamente a síntese de proteína na célula muscular. Já as pessoas que não necessitam deste aporte protéico devem optar pelos com menor proporção.
Os substitutos de refeição podem ser em pó, barras ou líquidos já preparados.
Os estudos realizados até o momento apontam que o uso de substitutos alimentares junto a um plano de redução calórica equilibrada, pode ser uma ferramenta de auxílio na perda de peso corporal em adultos com excesso de peso, garantindo uma boa nutrição, já que contêm proteínas, vitaminas, minerais, nutrientes essenciais para a saúde, além de conterem fibras, que aumentam a sensação de saciedade e melhora o funcionamento intestinal.
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