O
que é radioterapia
A
radioterapia é o uso médico de radiação ionizante como parte do tratamento
do câncer para controlar células malignas. Radioterapia pode ser usada como tratamento
paliativo (quando a cura não é possível e o objetivo é controle
local da doença e alívio dos sintomas) ou como tratamento terapêutico (quando
a terapia pode ser curativa).
Radioterapia também tem aplicações em
condições não-malignas, porém seu uso nesses casos é limitado em parte
pelas preocupações sobre o risco de câncer induzido por radiação. Radioterapia
pode ser utilizada como terapia principal no tratamento do câncer. Também é
comum combinar radioterapia com cirurgia, quimioterapia, terapia hormonal ou
alguma mistura dos três. Os tipos mais comuns de câncer podem ser tratados com
radioterapia de alguma forma.
Mecanismo
de ação da radioterapia
A
radioterapia funciona danificando o DNA das células. As células cancerosas se
reproduzem mais, porém têm menor capacidade de reparar danos comparadas à
células sadias. O dano ao DNA é herdado através da divisão celular,
acumulando os danos a outras células cancerosas, fazendo elas morrerem ou
reproduzirem mais lentamente. Uma das principais limitações da radioterapia é
que as células de tumores sólidos ficam deficientes em oxigênio, o que as
torna mais resistentes aos efeitos da radiação, uma vez que oxigênio torna os
danos ao DNA permanentes.
Efeitos
colaterais da radioterapia
A
radioterapia não provoca dor por si mesma. Muitos tratamentos paliativos de
baixa dose causam efeitos colaterais mínimos. Tratamentos com doses mais altas
causam vários efeitos colaterais durante o tratamento (efeitos colaterais
agudos), nos meses ou anos seguintes ao tratamento (efeitos colaterais de longo
prazo) ou depois de repetir o tratamento (efeitos colaterais cumulativos). A
natureza, gravidade e duração dos efeitos colaterais depende dos órgãos que
receberam a radiação, do tipo de tratamento, e do paciente. A maioria dos
efeitos colaterais é previsível e esperado. Efeitos colaterais da radiações
geralmente são limitados à área do organismo sob tratamento.
Efeitos
colaterais agudos da radioterapia
*
Danos às superfícies epiteliais como pele, mucosa oral, da faringe, e dos
intestinos, urotélio, etc. As taxas de danos e recuperação variam.
Tipicamente a pele começa a ficar rosada e ferida com várias semanas de
tratamento. A reação pode ficar mais severa durante o tratamento e até1
semana depois do final da radioterapia, e a pele pode rasgar. Embora isso possa
ser desconfortável, a recuperação é geralmente rápida. As reações da pele
tendem a ser piores em áreas com dobras naturais, como abaixo do seios
femininos, atrás da orelha e na virilha.
Similarmente, os revestimentos da boca, garganta, esôfago e intestinos podem
ser danificados pela radioterapia. Se a cabeça e pescoço forem tratados, feridas
e ulceração temporárias ocorrem comumente na boca e garganta. O
esôfago também pode ficar ferido se for tratado diretamente ou receber dose de
radiação colateral durante o tratamento de câncer de pulmão.
O intestino inferior pode ser tratado diretamente pela radioterapia (tratamento
de câncer no reto ou no ânus) ou pode ser exposto pelo tratamento de estruturas
pélvicas (próstata, bexiga, trato genital feminino). Sintomas típicos são
feridas, diarréia e náusea.
* Inchaço. Como parte da inflamação geral que ocorre, inchaço dos tecidos
moles pode causar problemas durante a radioterapia. Essa é uma preocupação
durante o tratamento de tumores e metástases no cérebro, especialmente onde há
pressão intracranial pré-existente ou onde o tumor estiver causando
obstrução quase total de um lúmen (traquéia
ou brônquios). Nestes casos, intervenção cirúrgica deve ser considerada antes
do tratamento com radioterapia. Caso a cirurgia seja inapropriada, o paciente
pode receber esteróides durante a radioterapia para reduzir o inchaço.
* Infertilidade. Os ovários e testículos podem ser bem sensíveis à
radiação. Eles podem não ser capazes de produzir gametas depois da exposição
à doses mais normais de tratamento com radiação.
* Fadiga geral.
Efeitos
colaterais a médio e longo prazo da radioterapia
* Fibrose. Tecidos que receberam radiação tendem a ficar menos elásticos com
o tempo.
*
Perda de cabelos. Esse efeito é mais pronunciado em pacientes que receberam
radioterapia no cérebro. Diferente da queda de cabelos decorrente da
quimioterapia, a da radioterapia tem maior probabilidade de ser permanente,
porém tem mais chances de ser limitada à área tratado pela radiação.
* Secura. As glândulas salivares uma dose de tolerância menor que de a dose de
radiação empregada nos tratamentos mais radicais de câncer na cabeça ou
pescoço. Boca seca e olhos secos podem ser problemas de longo prazo irritantes
e reduzem a qualidade de vida do paciente. Similarmente, glândulas sudoríparas
na pele tratada tendem a parar de funcionar, e a naturalmente úmida mucosa
vaginal fica geralmente seca depois de irradiação pélvica.
* Fadiga. A fadiga está entre os sintomas mais comuns da radioterapia, e pode
variar de alguns meses a anos, dependendo do tratamento e do tipo de câncer.
Falta de energia, atividade reduzida e sensação de cansaço são sintomas
comuns.
* Câncer. A radiação é uma causa potencial de câncer. O câncer secundário
acontece em uma pequena minoria de pacientes, geralmente muitos anos depois do
tratamento com radiação. Na grande maioria dos casos, o risco é fortemente
suplantando pelos benefícios do tratamento do câncer primário.
Efeitos
colaterais cumulativos da radioterapia
Os
efeitos cumulativos da radioterapia não devem ser confundidos com os de longo
prazo --- quando os efeitos de curto prazo desapareceram e os de longo prazo
são subclínicos, o retorno do tratamento com radiação ainda pode ser
problemático.
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