Estenose espinhal e artrose na coluna vertebral

Coluna vertebral - CDC/ Dr. Thomas Hooten

O que é estenose espinhal

A estenose espinhal é o estreitamente dos espaços na espinha que resulta em pressão sobre o cordão espinhal e/ou raízes nervosas.

Esse transtorno geralmente envolve o estreitamente de uma ou mais dessas três áreas na espinha:

1) O canal no centro da coluna de ossos (coluna espinhal) através da qual correm o cordão espinhal e raízes nervosas.

2) Os canais na base das raízes nervosas que se ramificam pelo cordão espinhal.

3) As aberturas entre as vértebras pelas quais os nervos saem da espinha.

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A pressão sobre a parte inferior do medula espinhal, ou sobre as raízes nervosas se ramificando a partir da área, pode ocasionar dor ou torpor nas pernas. Pressão na parte superior da coluna espinhal (área do pescoço) pode ocasionar sintomas similares nos ombros, ou até nas pernas.

Causas da estenose espinhal

O canal vertebral normal fornece espaço adequado para o cordão espinhal e cauda eqüina. O estreitamento do canal, que ocorre na estenose espinhal, pode ser herdado ou adquirido. Algumas pessoas herdam um canal espinha menor ou têm uma curvatura da espinha (escoliose) que ocasiona pressão sobre os nervos e tecido mole, e comprime ou estica os ligamentos. Em uma condição médica herdada chamada acondroplasia, a formação óssea defeituosa resulta em redução do diâmetro do canal espinhal.

Condições degenerativas que causam estenose espinhal e artrose na coluna vertebral

A estenose espinhal geralmente resulta de um processo gradual degenerativo pelo envelhecimento. Tanto alterações estruturais quanto inflamação podem começar o processo. À medida que as pessoas envelhecem, os ligamentos da espinha podem ficar espessos e calcificar. Ossos e articulações também podem alargar.

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Quando a saúde de uma parte da espinha falha, isso geralmente coloca maior estresse sobre as outras partes. A seguir algumas condições degenerativas que podem causar estenose espinhal.

Espondilolistose. Essa é uma condição na qual uma vértebra escorrega sobre outra. Ela pode ser ocasionada por condição degenerativa, acidente ou, muito raramente, adquirida no nascimento. Alinhamento ruim da coluna vertebral quando uma vértebra escorrega sobre a outra pode colocar pressão sobre o cordão espinhal ou raízes nervosas no local.

Artrose na coluna vertebral. A artrose, ou osteoartrite, é a forma mais comum de artrite e tem maior probabilidade de ocorrer em pessoas idosas ou de meia idade. Artrose é um processo degenerativo crônico que pode envolver várias articulações. Se o processo degenerativo da artrose afetar as articulações na coluna, ela pode ser acompanhada pela degeneração discal e alargamento ou crescimento ósseo que estreita os canais centrais e das raízes nervosas.

Artrite reumatóide. Esse tipo de artrite geralmente afeta pessoas mais jovens que a artrose e está associada com inflamação e alargamento dos tecidos moles das articulações. Embora não seja uma causa comum de estenose espinhal, danos aos ligamentos, ossos e articulação que começam com sinovite (inflamação da membrana sinovial dentro das articulações) tem efeito danoso nas função articular. As partes da coluna vertebral com maior mobilidade, como área do pescoço, são geralmente as mais afetadas em pessoas com artrite reumatóide.

Sintomas da estenose espinhal

O espaço dentro do canal espinhal pode se estreitar sem produzir qualquer sintoma. Porém, se os locais estreitados colocam pressão sobre o cordão espinhal, cauda eqüina ou raízes nervosas, pode ocorrer um aparecimento lento e progressão gradual dos sintomas. O pescoço e costas podem doer ou não. Mais freqüentemente as pessoas experimentam torpor, fraqueza, ou dor nos braços ou pernas. Se o espaço estreitado na espinha estiver apertando uma raiz nervosa, a pessoa pode sentir a dor irradiar até a perna (ciática). Sentar ou flexionar a região lombar pode aliviar os sintomas. Geralmente são aconselhados exercícios de flexibilidade e de fortalecimento. Pessoas com estenose espinhal mais grave pode ter problemas com a função intestinal e da bexiga, assim como desconfortos no pé. 

Diagnóstico da estenose espinhal

O médico pode usar vários métodos para diagnosticar a estenose espinhal e eliminar outras condições médicas com:
* Histórico médico.
* Exame físico.
* Raio-x.
* Ressonância magnética.
* Tomografia axial computadorizada.
* Mielograma.
* Tomografia óssea.

Quem faz o tratamento para estenose espinhal

O tratamento não cirúrgico para estenose espinhal pode ser dado por clínicos gerais e reumatologistas. O fisioterapeuta também pode auxiliar no tratamento.

Tratamento não cirúrgico para estenose espinhal

Na ausência de envolvimento grave o progressivo de nervo, o médico pode prescrever um ou mais dos seguintes tratamentos:
* Antiinflamatórios não esteróides como aspirina e ibuprofeno. 
* Analgésicos.
* Injeções de corticosteróides.
* Injeções analgésicas.
* Exercícios e/ou fisioterapia.
* Colete lombar, geralmente para pacientes com músculos abdominais fracos ou idosos.

Quando a cirurgia deve ser considerada como tratamento para estenose espinhal

Em muitos casos, as condições causando estenose espinhal não podem ser permanentemente alteradas por tratamentos não cirúrgicos, embora esses possam aliviar a dor por um período de tempo. Geralmente tenta-se o tratamento não cirúrgico primeiro. Porém, cirurgia pode ser considerada imediatamente se o paciente tiver torpor ou fraqueza que interfira com a caminhada, prejudique as funções da bexiga e intestino, ou tenha outro envolvimento neurológico. O propósito da cirurgia é aliviar a pressão sobre o cordão espinhal ou nervos, e restaurar e manter alinhamento e força da espinha.

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Créditos:
Tradução: © 2009, Hélio Augusto Ferreira Fontes
Texto:
National Institute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases (NIAMS)