Para muitas mulheres há um período do mês
no qual elas passam por cólicas menstruais. Segundo médicos da Mayo Clinic em Minnesota, mais da metade das mulheres experimentam rotineiramente algum tipo de dor ou cólica associada
à menstruação, e 1 em 10 sofrem de dismenorréia (dor menstrual) severa que necessita de medicação.
Através da história, mulheres tentam aliviar essas cólicas e desconfortos menstruais por si mesmas. Porém, soluções caseiras, como chás e banho quente, somente oferecem ajuda limitada. Porém, atualmente, a dor e cólica menstrual é levada mais à sério e
há tratamentos eficientes.
Causas de dismenorréia e cólica menstrual
Há dois tipos de menstruação dolorosa - dismenorréia primária e secundária - e é muito importante distinguir entre elas para que ambas sejam tratadas apropriadamente.
Dismenorréia primária geralmente começa até três anos após a primeira menstruação e dura de 1 a 2 dias cada mês. Ainda que este tipo de dismenorréia fique mais leve à medida que a mulher fica mais velha ou depois de ter filho,
pode continuar até a menopausa.
A Dismenorréia secundária é a dor menstrual causada por doença como doença inflamatória pélvica, endometriose (anormalidades no revestimento do útero), ou fibrose uterina (tumores não-malignos). Endometriose é a principal causa de dismenorréia secundária e a dor ocasionada por ela geralmente começa tarde na vida e piora com o tempo. Outra pista que a dor pode ser causada por essa doença é a sua presença em outras partes do ciclo menstrual.
Dismenorréia primária é resultado da produção normal de prostaglandinas, substâncias químicas que também fabricadas pelas células no revestimento do útero. O revestimento do útero, que fica mais espesso durante os primeiros estágios do ciclo menstrual, se desfaz do material extra
durante a menstruação e libera prostaglandinas.
As prostaglandinas, por sua vez, fazem o útero contrair mais fortemente do que em qualquer outra fase do ciclo, podendo ocasionar cólica menstrual.
As prostaglandinas podem até fazer com que o útero contraia tanto que o suprimento de sangue seja interrompido temporariamente, privando a musculatura uterina de oxigênio e desta forma causando dor. Mulheres que sofrem de cólicas menstruais muito intensas podem estar produzindo prostaglandinas em excesso ou ser mais sensíveis a elas.
A cólica menstrual em si ajuda na saída do material eliminado durante a menstruação. Já que a abertura cervical geralmente é alargada depois do parto ou de anos de menstruação, as cólicas menstruais podem ficar menos fortes mais tarde na vida.
A maioria das mulheres descreve a cólica menstrual como dor vaga ou pressão no abdômen inferior. A cólica menstrual pode aumentar ou diminuir, permanecer constante, ou ser tão forte que causa náusea, vômito, dor nas costas, sudorese ou dor que se espalha para as coxas, quadril e região lombar.
Tratamento da cólica menstrual - Inibindo a produção de prostaglandinas
Com o advento de analgésicos que impedem a produção de prostaglandinas tornou-se possível tratar diretamente a causa das cólicas menstruais. Uma vez que esses medicamentos inibem a contração do útero, eles podem reduzir o fluxo na menstruação.
Outros tratamentos para cólicas menstruais
Mulheres que usam pílula anticoncepcional sofrem mais raramente de cólicas menstruais, então alguns médicos a receitam para mulheres cuja cólica menstrual persistiu a outros tratamentos. Exercícios físicos também podem ocasionar algum benefício, possivelmente porque elevam os níveis de beta endorfinas, químicos no cérebro associados ao alívio da dor.
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