O câncer de pele é o tipo mais comum em indivíduos acima dos 40 anos de idade e é quase certo que sua prevalência vá aumentar com os efeitos do aquecimento global. 

O que pouca gente leva em conta é que o seu surgimento decorre do acúmulo da exposição inadequada ao sol, sendo o período mais crítico aquele entre 10 e 30 anos. "Se a pessoa exagerar durante a juventude, o estrago está feito", sentencia Mário Grinblat, dermatologista do Hospital Albert Einstein.

O médico explica que a aparição de um tumor como este normalmente ocorre após os 40 anos, devido à redução do componente imunológico, mas que a origem está na infância, na adolescência e no início da fase adulta. 

"É muito raro tratar um câncer de pele ocasionado pela falta de cuidados depois dos 30 anos. Após essa idade, não se proteger é um fator que pode agravar o quadro, mas não é determinante. A bagagem costuma ser anterior e a doença aparece pelo sol que se tomou no passado", afirma o especialista.

Os três tipos de câncer de pele (carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma) respondem por quase 40% dos tumores malignos registrados a cada ano no Brasil. É um índice típico de países tropicais, e a única maneira de se prevenir é a proteção adequada contra os raios ultravioleta do sol. E isso se aplica inclusive às pessoas que não se cuidaram quando jovens: "O problema pode estar lá atrás, mas dá para evitar que as coisas piorem", conclui o Dr. Grinblat.

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