Câncer de intestino ou colo-retal - Alimentos gordurosos aumentam risco

Intestinos - NIDDK Image Gallery

O câncer de intestino, também chamado de câncer colo-retal, que abrange o intestino grosso e o reto, atinge um enorme número de pessoas em todo o mundo, juntamente com o câncer de pulmão e de mama.

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 Estimativas de Incidência de Câncer no Brasil para 2006, publicadas pelo INCA - Instituto Nacional do Câncer, apontam o câncer colo-retal como o 5º tumor maligno mais freqüente entre homens (com 11.390 casos novos) e 4º entre as mulheres (13.970 casos novos). Em cerca de 90% dos casos, ele ocorre após os 50 anos, aumentando progressivamente sua incidência principalmente após os 60 anos e atingindo seu pico aos 75 anos de idade. Estudos têm revelado alguns fatores responsáveis pelo seu aparecimento, como dieta rica em gordura animal e pobre em frutas e vegetais. A minoria dos casos (10%) está relacionada com doenças familiares hereditárias transmitidas geneticamente.

"Estudos epidemiológicos realizados em vários países documentaram a relação direta entre mortalidade por câncer colo-retal e consumo per capita de calorias, proteínas derivadas de carne vermelha e alimentos gordurosos, bem como elevações na concentração de colesterol", afirmou o Dr. Gilberto Schwartsmann, Prof. de Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e autor do capítulo sobre neoplasias gastroentestinais do Manual de Oncologia - 2ª Edição, lançado recentemente pela Libbs Farmacêutica.

Um estudo de longo prazo realizado pela American Cancer Society, por exemplo, que analisou a dieta de cerca de 150.000 norte-americanos entre 50 e 74 anos de idade, concluiu que o consumo prolongado de carne vermelha e processada aumenta sensivelmente o risco de desenvolver câncer de intestino. Aqueles que consumiram mais carne vermelha e processada por mais de 10 anos tiveram um aumento de 30% no risco de desenvolver câncer de cólon e 40% de câncer retal, comparados com os que consumiram menor quantidade. O estudo também constatou que aqueles que consumiram muito frango e peixe, ao invés de carne vermelha, reduziram o risco de câncer.

Importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de intestino, ou colo-retal

O câncer colo-retal quando detectado em seu estágio inicial possui grandes chances de cura, diminuindo a taxa de mortalidade associada ao tumor. "Quando os sintomas se manifestam, porém, o câncer de intestino geralmente já está em seu grau avançado e a fase inicial costuma ser assintomática. Por isso é de suma importância sua prevenção e detecção precoce", explica o Dr. José Renan Queiroz Guimarães, médico oncologista clínico do Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo e médico associado ao Centro de Hematologia e Oncologia do Hospital Samaritano de São Paulo.

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"Como prevenção, é indicada uma dieta rica em frutas, vegetais, cálcio, folato, pobre em gorduras animais, aliada à prática de exercícios físicos. A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcoólicas deve ser evitada. Cereais também são fundamentais, pois são ricos em fibras que protegem o intestino", afirmou o médico. Segundo ele, as fibras facilitam a evacuação, aumentam o bolo fecal, aceleram o trânsito intestinal e diminuem o tempo de contato das substâncias cancerígenas com a parede do intestino.

Os especialistas afirmam que pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Indivíduos com exame positivo devem realizar colonoscopia, que pode detectar processos inflamatórios e o aparecimento pequenos pólipos, verrugas que começam bem pequenas sob a mucosa do intestino. Seu crescimento é lento e leva de 10 a 15 anos para degenerar-se num câncer, que é uma vantagem aos demais tipos que já se instalam como tumor maligno. Para indivíduos com histórico pessoal ou familiar de câncer de cólon e reto, portadores de doença inflamatória do cólon, como retocolite ulcerativa e Doença de Chrohn e de condições hereditárias devem procurar orientação médica.

Quando o câncer de intestino é detectado, indica-se a cirurgia como tratamento primário. Retira-se a parte do intestino afetada e os linfonodos (gânglio linfático responsável pela barreira entre as bactérias e células que migram pelo sistema linfático) próximos a esta região. Muitos tumores do reto são tratados com cirurgias que preservam o esfíncter anal, através da utilização dos grampeadores, evitando assim as colostomias (cirurgia do trato intestinal). Indica-se também tratamento quimioterápico junto à radioterapia após a cirurgia para evitar o retorno do tumor, e como paliativo, para coibir a sua evolução e reduzir o risco de a doença se espalhar para outros órgãos (metástase).

"Após décadas dispondo apenas de uma opção quimioterápica para tratamento do câncer do cólon e reto, vivemos uma época de maior entusiasmo com o surgimento de novas modalidades terapêuticas. O estudo 'Moertel CG. Chemotherapy for colorectal câncer', publicado no New England Journal of Medicine, avaliou o benefício da combinação dos medicamentos fluorouracil, leucovorina e irinotecano, constatando que atualmente essa é uma opção de primeira linha de tratamento quando há metástase", afirma o Dr. Gilberto Schwartsmann. Atualmente, a Libbs Farmacêutica produz uma ampla linha de medicamentos oncológicos, que contém o Fauldfluor (fluorouracil), Irinolibbs (irinotecano) e Fauldleco (leucovorina), considerados os mais indicados no tratamento para o câncer de intestino.

Sobre a Libbs Oncologia
A Libbs Farmacêutica está no mercado de oncologia desde julho de 2004, quando inaugurou uma unidade exclusiva de produção, em que foram investidos cerca de U$ 2,5 milhões. Ao realizar toda a cadeia de produção de quimioterápicos no Brasil, a Libbs facilita o acesso dos pacientes aos medicamentos oncológicos, reduzindo os custos do tratamento e evitando a burocracia da importação. Em abril de 2005, a Libbs adquiriu as operações da multinacional australiana Mayne Pharma do Brasil, importante fabricante de medicamentos oncológicos. O negócio incluiu, além da comercialização da linha de produtos da Mayne, a transferência de tecnologia para a produção local de drogas oncológicas.

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