Câncer de endométrio é crescente no período pós-menopausa

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Mulheres obesas, com hipertensão arterial e hipotireodismo são mais propensas para desenvolver o câncer de endométrio. Uma estimativa da Associação Brasileira de Câncer afirma que 2% das mulheres desenvolverão câncer de endométrio. 

Cerca de 80% devem acontecer no período pós-menopausa, entre 55 e 65 anos. A incidência do câncer de endométrio é crescente nas últimas duas décadas e ocupa o 4º lugar das neoplasias malignas da população feminina.

"São fatores de risco os quadros clínicos de sobrepeso e obesidade mórbida, hipertensão arterial sistêmica e hipotireoidismo", afirma Dr. Marcelo Aquino, médico ultra-sonografista do Lavoisier Medicina Diagnóstica/ Diagnósticos da América - DASA. Ele ainda explica que a idade entre 50 e 70 anos, o histórico ginecológico da mulher - se ela nunca teve filhos, menopausa tardia - a obesidade, a predisposição genética e até o uso de hormônios são outros fatores de risco para desenvolver a doença.

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O endométrio é a camada que reveste o útero por dentro. É ele que se desenvolve e se desprende no ciclo menstrual, dando origem ao sangramento que acontece durante a menstruação. "Calcula-se que este tipo de lesão tenha 80% de chance de cura, pois a doença geralmente apresenta sintomas como o sangramento vaginal já na sua fase inicial e a percepção fica mais fácil", explica. Em mulheres que ainda menstruam, o primeiro sinal pode ser o aumento da duração do sangramento menstrual, com ou sem aumento do volume do fluxo. "A dor contínua é um sintoma tardio e apenas ocorre quando o câncer é invasivo", comenta o especialista.

Existem vários exames que o médico pode fazer para examinar o endométrio e o útero por dentro, como ecografia transvaginal, coleta de material para biópsia por aspiração do endométrio e curetagem. 

"O tratamento das pacientes com câncer de endométrio é cirúrgico e inclui a retirada do útero e ovários. As pacientes com contra-indicação cirúrgica devem ser tratadas com radioterapia. Nos casos mais avançados, a quimioterapia e a progestogenioterapia têm sido empregadas para o tratamento", conclui Dr. Aquino.

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