O que são os radicais livres e antioxidantes?
Radicais livres são moléculas instáveis, pelo
fato de seus átomos possuírem um número
ímpar de elétrons. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem
com o que encontram pela frente para roubar um elétron.
Uma parte do oxigênio que respiramos se
transforma em
radicais livres, que estão ligados a processos degenerativos como o câncer
e o envelhecimento. Deve ser lembrado os
radicais livres também tem um papel importante atuando no combate a inflamações,
matando bactérias, e controlando o tônus dos "músculos
lisos".
Os antioxidantes protegem o
organismo da ação danosa dos radicais livres. Alguns antioxidantes são
produzidos por nosso próprio corpo e outros - como as vitaminas C, E e o
beta-caroteno - são ingeridos.
Que alimentos tem maior poder antioxidante?:
Pesquisadores da U. S. Department of Agriculture nutrition center na Tufts
University, em
Boston, estão testando quais alimentos tem maior poder
antioxidante. Para isto, Dr. Ronald Prior e seus colegas, mediram
a capacidade de absorção de radicais livres dos alimentos. O
problema é que os testes foram feitos com os alimentos
comprimidos em tubos. Eles ainda não descobriram como testar o
poder antioxidante no corpo humano. Os pesquisadores descobriram
que os vegetais e frutas com maior poder antioxidante são os listados na tabela
abaixo:
|
Poder
Antioxidante
|
|
Pos.
|
Vegetais
|
Frutas
|
1
|
Repolho
|
Morango
|
2
|
Beterraba
|
Ameixa
|
3
|
Pimenta
vermelha
|
Laranja
|
4
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Brócolis
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Uva
|
5
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Espinafre
|
Maçã
|
6
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Batata
|
Tomate
|
7
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Milho
|
Banana
|
8
|
.
|
Pêra
|
9
|
.
|
Melão
|
Exercícios físicos produzem radicais livres?
Dr.
Kenneth Cooper,
em seu livro "Revolução Antioxidante" (Editora Record,
1994), descreve duas maneiras pelas quais os radicais livres são
produzidos durante exercícios físicos.
A primeira está ligada aos exercícios exaustivos nos quais há
um aumento de 10 a 20 vezes no consumo de oxigênio no corpo. O
enorme bombeamento de oxigênio através dos tecidos
desencadearia a liberação de radicais livres. Para se evitar
isto, Cooper recomenda praticar os exercícios entre 65-80% da
sua freqüência cardíaca máxima.
A outra forma de produção de radicais livres durante os
exercícios está ligada ao processo que é conhecido como isquemia-reperfusão.
Quando os exercícios físicos intensos são praticados, o fluxo
sangüíneo é desviado dos órgãos não diretamente envolvidos
para os músculos em atividade. Assim, uma parte do corpo irá
passar por uma deficiência de oxigênio. Ao término do exercício
há reperfusão, quando o sangue retorna aos órgãos que
estiveram privados. Este processo foi associado à liberação de
grandes quantidades de radicais livres. Verificamos então a
importância do desaquecimento, ou volta à calma.
Então atletas sofrem mais a ação dos radicais
livres?
Não necessariamente! É verdade que pesquisas detectaram que
seções de exercícios provocam um aumento na ação dos
radicais livres. Mas Edmund Burke, Ph.D., salienta, em sua coluna
para o site da Endurox, alguns pontos importantes a se considerar
nestas pesquisas.
Primeiro é que a ação dos radicais livres
aumenta apenas temporariamente voltando depois ao nível normal. Outro ponto importante, geralmente despercebido, é que em
pessoas bem treinadas o aumento da ação dos radicais livres
devido ao exercício é bem menor. Isto se deve ao fato de que atividade
física regular aumenta os níveis de enzimas que
destroem os radicais livres.
Uma demonstração disto é o estudo realizado pela
Universidade de Tubingen na Alemanha. Homens treinados e não
treinados realizaram um teste de intensidade progressiva em
esteira ergometrica até a exaustão. O dano ao DNA nas células
brancas no sangue foi significativamente menor nos homens
treinados. Deve-se lembrar que os treinados correram por mais
tempo e por isso consumiram mais oxigênio (International Journal
of Sport Medicine, 1996, 17 : 397-403).
Os exercícios de baixa/moderada intensidade combatem
os radicais livres?
Sim. Segundo o
Dr.
Kenneth Cooper os exercícios entre 65-80% da sua freqüência
cardíaca máxima tem importância fundamental no combate aos
radicais livres. Sem eles as defesas internas de seu organismo
contra os radicais livres ficam fragilizadas.
Que quantidade de vitaminas devemos
ingerir para combater os radicais livre?
A maior parte dos médicos e
nutricionistas segue as recomendações de quantidades diárias de vitaminas (RDA)
do departamento de agricultura do governo americano (U. S. Department of Agriculture).
Entretanto as superdoses de
algumas vitaminas têm o aval de pesquisadores de renome como o cientista
americano Linus Pauling, Prêmio Nobel de
Química em 1954 (e da Paz oito anos mais tarde). Pauling se auto prescreveu 10
gramas diários de vitamina C, equivalentes a duzentos copos de suco de laranja.
Já o Dr.
Kenneth Cooper recomenda um
coquetel antioxidante diário a base de vitaminas para combater a ação danosa
dos radicais livres.
O
beta-caroteno é uma espécie de vitamina
A desmontada que o
corpo só monta quando tem necessidade. Senão, elimina suas
sobras, o que não faz com a vitamina A que é altamente tóxica.
Por isso, cuidado para não adquirir suplementos de vitamina A,
mas sim de beta-caroteno.
Na verdade, é nebulosa a área entre o necessário
à saúde e os excessos nocivos. Os adversários das megadoses
argumentam que o corpo humano não precisava mais do que poucos
miligramas de vitamina C por dia, sendo o excesso eliminado pela
urina.
O médico americano Stephen
Lawson, diretor do Instituto Linus
Pauling de Pesquisas,
rebate dizendo que a vitamina C leva seis horas até ser eliminada, de modo que durante esse
período ela fica ativa, circulando pelo sangue. Sendo assim a melhor estratégia ao se tomar
suplemento de vitamina C é fracionar a ingestão em doses
menores ao longo do dia.
O Instituto Nacional do Saúde, nos Estados
Unidos, revelou que o hábito de comer vegetais ricos em vitamina
C diminui 13% o risco de enfartes. Se esse bom hábito for somado a comprimidos da mesma vitamina,
a incidência despenca 37%. Não se sabe a dose extra exata para se obter esse
efeito preventivo. Mas a dúvida não apaga o fato: 37% menos
chance de se morrer do coração.
Com relação à vitamina E,
Liz Applegate ,
nutricionista consultora da Runner's World, lembra que vários estudos já demonstraram que a
ingestão diária de 400 UI protege os atletas dos danos
oxidativos provocados pelo treinamento de longa distância. Como
nutricionista ela adoraria afirmar que é possível obter 400 UI
pela alimentação mas reconhece que isto é muito difícil.
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