Segundo o dicionário Aurélio, o modelo é a pessoa que auxilia na reprodução do trabalho dos artistas, desfilando as roupas ou objetos que devem ser exibidos à clientela. Assim, o instrumento de trabalho de modelos e manequins é o próprio corpo, estimulando cada vez mais o culto ao corpo com prática de exercícios físicos; adoção de
dietas, muitas vezes exageradas; além de práticas estéticas para disfarçar o envelhecimento.
Ao passar dos anos, a magreza excessiva foi instituída como o padrão de beleza das passarelas. Esta obsessão pela magreza, que impõe este tipo físico como saudável, desejado e valorizado, nunca esteve tanto em evidência como nas últimas décadas. A busca excessiva pela magreza estimulou jovens adolescentes a adotarem e incentivarem práticas alimentares errôneas, com dietas restritivas e classificas como “dietas da moda”, uso de
produtos diet e light de forma indiscriminada, além dos transtornos alimentares, como anorexia e bulimia.
Em diversos países e o estado de Santa Catarina, aqui do Brasil, foi instituída uma Lei que proíbe o desfile de modelos com
IMC menor que 18 kg/m² por representar risco à saúde.
As modelos com idade entre 10 e 19 anos, assim como qualquer outro adolescente, estão em pleno crescimento físico, caracterizado por aumento das necessidades nutricionais e mudanças da composição corporal. Além disso, apresentam um cotidiano atribulado, com testes, trabalhos e estudos. Assim, o ideal é manter uma
alimentação
saudável, consumindo todos os grupos de alimentos da pirâmide alimentar conforme as recomendações e realizando, no mínimo, quatro refeições ao dia.
Além disso, é importante conhecer um pouco sobre a anorexia
e bulimia, já que o hábito de fazer dietas restritivas pode aumentar em 18 vezes à chance de um indivíduo desenvolver um transtorno alimentar, principalmente quando associado com fatores como: histórico familiar de transtornos alimentares, transtorno de humor, abuso de álcool e drogas, predisposição psicológica, relação patológica com a família e vulnerabilidade biológica.
A anorexia e a bulimia nervosa têm como características comuns o medo de engordar, com o desejo constante de emagrecer e preocupação obsessiva com os alimentos. A
anorexia nervosa manifesta-se pela diminuição drástica e voluntária da ingestão alimentar (a pessoa não se alimenta ou se alimenta muito pouco), o que leva à perda progressiva de peso e ao emagrecimento. Já a bulimia caracteriza-se pela grande ingestão de alimentos seguida de enorme culpa, que leva o indivíduo a provocar o vômito e/ou fazer uso de diuréticos e laxantes.
As principais complicações clínicas dos transtornos alimentares são hipercolesterolemia, hipoglicemia, alterações endócrinas, queda da densidade mineral óssea, arritmia cardíaca devida às perdas hidroeletrolíticas, hipotensão, alterações pulmonares, insuficiência renal e suicídio.
Assim, a melhor forma de se evitar problemas de saúde e manter um corpo saudável e com disposição para o dia a dia, é adotar
hábitos de vida
saudáveis, como: alimentação equilibrada; não utilizar medicamentos sem indicação médica; praticar atividade física de forma saudável, e o principal, se aceitar da forma que é!
A seguir, alimentos e quantidades a serem consumidas para uma alimentação saudável e equilibrada utilizando a
pirâmide alimentar.

Grupo 1: Pães, cereais, raízes e tubérculos (pães, farinhas, massas, bolos, biscoitos, cereais matinais, arroz, feculentos e tubérculos)
- Recomendação: 5 porções no mínimo a 9 no máximo;
Grupo 2: Hortaliças (todas as verduras e legumes, com exceção das citadas no grupo anterior)
- Recomendação: 4 porções no mínimo, 5 no máximo;
Grupo 3: Frutas (cítricas e não cítricas)
- Recomendação: 3 porções no mínimo, 5 no máximo;
Grupo 4: Carnes (carne bovina e suína, aves, peixes, ovos, miúdos e vísceras)
- Recomendação: 1 porção no mínimo, 2 no máximo;
Grupo 5: Leite e derivados
- Recomendação: 3 porções;
Grupo 6: Leguminosas (feijão, soja, ervilha, grão de bico, fava, amendoim)
- Recomendação: 1 porção;
Grupo 7: Óleos e gorduras (margarina/manteiga, óleo)
- Recomendação: 1 porção no mínimo, 2 no máximo;
Grupo 8: Açúcares e doces (doces mel e açúcares)
- Recomendação: 1 porção no mínimo, 2 no máximo;
Lembre-se:
- Não fique mais de 3 horas sem comer. O jejum prolongado é prejudicial para o controle do peso;
- Ingira, pelo menos, 2 litros de água por dia. Os líquidos auxiliam no funcionamento do intestino, além de minimizar os inchaços;
- Dê preferência por alimentos assados, grelhados ou cozidos. Eles apresentam menor quantidade de gordura;
- Na montagem do seu prato, escolha apenas um alimento do Grupo 1 e se possível, inicie a refeição com um prato cheio de
legumes e
verduras. Pode-se temperar com o suco do limão;
- Consuma frutas variadas durante o dia e dê preferência por consumir as frutas cítricas após as grandes refeições. Dessa forma, a absorção do ferro será favorecida e o risco de uma anemia se torna menor. Assim, você estará mais disposto a realizar as suas atividades do dia a dia;
- Atenção a quantidade de açúcar utilizado para adoçar as bebidas e a quantidade de refrigerante ingerido. Mesmo sem perceber, estamos consumindo grandes quantidades de
calorias vazias, sem nutrientes;
- Pratique atividade física. Caminhe, ande de bicicleta, passeie no parque, corra na praia, dance... Encontre atividades que te façam bem!
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Referências Bibliográficas:
AMARAL, M. O Fenômeno do Culto ao Corpo Moderno e a Magreza como Símbolo de Beleza: estudo sobre o movimento “Pró-Ana” no Brasil. VI Congresso Português de Sociologia. Universidade Nova de Lisboa, junho, 2008.
ANDRADE, A.; BOSI, M.L.M. Mídia e subjetividade: impacto no comportamento alimentar feminino. Rev. Nutr., Campinas, v.16, n.1, p.117-125, jan./mar., 2003.
DUNKER, K. L. L. Prevenção dos transtornos alimentares: uma revisão metodológica. Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr., São Paulo, v. 34, n. 2, p. 195-211, ago. 2009.
PENZ, L.R.; BOSCO, S.M.D.; VIEIRA, J.M. Risco para desenvolvimento de transtornos alimentares em estudantes de Nutrição. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 18, n. 3, p. 124-128, jul./set. 2008.
PHILIPPI, S.T. et al. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos. Rev. Nutr., Campinas, v.12, n.1, p.65-80, jan./abr., 1999.
RODRIGUES, A.M. et al. Composição corporal, gasto energético e ingestão alimentar em modelos brasileiras. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum., v.11, n.1, p.1-7, 2009.
Créditos:
Júlia Giorgi. Estagiária de Nutrição.
Orientação da Nutricionista: Dra. Bruna S. Burti CRN3: 28101.
Nutricionista da B2B Saúde e Nutrição. Graduada pelo Centro Universitário São Camilo.
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